O policial militar da Tropa de Choque da PM do Estado de São Paulo (PMESP) que morreu na quarta-feira (16/4), em Suzano, na região metropolitana de SP, durante um tiroteio na tarde de quarta-feira (16/4), é Rafael Vilodres Correa, de 40 anos.
O PM era sargento da corporação. Além dele, outro policial ficou ferido após ser baleado no braço. Ele foi levado a um hospital da região.
Rafael Vilodres foi velado no Batalhão de Choque e enterrado nessa quinta-feira (17/4), com honras militares. A cerimônia causou comoção e bloqueou uma avenida da capital.
A operação
A ação policial que resultou na morte do sargento Rafael Vilodres e de dois suspeitos peruanos tinha o objetivo de cumprir mandados de prisão contra membros de uma facção criminosa do Peru. O objetivo era prender um procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, na sigla original).
Em coletiva de imprensa, o comandante da Tropa de Choque, Valmor Racorti, disse que “há fortes indícios” de que trata-se do bando do mafioso peruano Erick Moreno, conhecido como El Mostruo.
Líder da facção Los Federales, El Monstruo tem 32 anos de prisão decretados no Peru por sequestros, homicídios, tráfico de drogas e formação de quadrilha. Ele é alvo de um alerta vermelho da Interpol e de uma recompensa de 500 mil soles peruanos — o equivalente a cerca de R$ 785 mil — oferecida pelo governo peruano para quem ajudar na sua captura.
Segundo autoridades peruanas, Moreno cruzou a Bolívia em 2024 e se estabeleceu em São Paulo, onde passou a viver sob proteção do Primeiro Comando da Capital (PCC).