Nesta terça-feira (14/1), a Rússia afirmou que foi atacada pela Ucrânia com mísseis norte-americanos e britânicos, além de 146 drones. De acordo com o governo russo, o ataque não ficará sem resposta.
- Ataque à Rússia foi informado por meio de comunicado do Ministério da Defesa do país.
- Segundo a Rússia, no ataque foram utilizados mísseis dos EUA, do Reino Unido e drones.
- Ainda de acordo com o país, os mísseis foram abatidos sem causar vítimas.
O Ministério da Defesa disse que as forças ucranianas dispararam na segunda-feira à noite “seis mísseis ATACMS de fabrico americano e seis mísseis de cruzeiro Storm Shadow de fabrico britânico” contra alvos na região de Bryansk.
Foram também usados “31 veículos não tripulados [‘drones’]”, afirmou o ministério num comunicado citado por agências internacionais.
De acordo com o ministério, todos os mísseis lançados pela Ucrânia contra a região russa que faz fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia foram abatidos pela defesa antiaérea russa sem causar vítimas.
Dois outros mísseis Storm Shadow foram destruídos nas últimas horas sobre o Mar Negro, segundo os militares russos. “As ações do regime de Kiev, apoiado pelos seus senhores ocidentais, não ficarão sem resposta”, afirmou o ministério.
Há dez dias, as forças russas comunicaram o abate de oito mísseis ATACMS lançados pela Ucrânia contra a região fronteiriça de Belgorod.
Ataques anteriores
Em novembro, Moscou respondeu ao primeiro ataque de ATACMS contra território russo com o disparo do novo míssil balístico hipersónico Oreshnik contra uma fábrica militar na Ucrânia.
Foi a primeira e até agora única utilização do Oreshnik em condições de combate, embora os ataques de mísseis ocidentais em território russo se tenham repetido.
O Presidente dos Estados Unidos cessante, Joe Biden, autorizou em novembro a utilização dos mísseis ATACMS por Kiev, depois de se ter oposto durante muito tempo a pedidos ucranianos nesse sentido.
A autorização foi dada na sequência do destacamento, segundo o Ocidente e Kiev, de milhares de soldados norte-coreanos para apoiar as tropas russas na guerra contra a Ucrânia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, chegou a ameaçar mandar atacar o centro de Kiev em resposta a ataques ucranianos com ATACMS ou Storm Shadows, mas até agora não concretizou tal ameaça.