São Paulo — O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) anunciou, nesta sexta-feira (17/1), que o homem acusado de atropelar e matar o cantor de pagode Adalto Mello, de 39 anos, em São Vicente, litoral de São Paulo. no 29 de dezembro do ano passado, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
A Promotoria solicitou ao Judiciário a condenação do motorista e o pagamento de indenização para reparar os danos causados aos familiares da vítima.
Segundo o promotor Manoel Torralbo Gimenez Junior, responsável pela denúncia, o crime apresenta as qualificadoras de perigo comum e impossibilidade de defesa.
O denunciado assumiu o risco de produzir a morte do cantor “bem como de qualquer pessoa que cruzasse seu caminho, sendo que preferiu assim agir a deixar de fazê-lo”, afirmou o promotor.
Na ocasião, o músico pilotava uma motocicleta na avenida Tupiniquins quando foi atingido por um carro modelo Kia Sportage. O veículo era conduzido por um homem de 32 anos, que testou positivo no bafômetro (ver vídeo abaixo).
Relembre o caso:
- Durante a madrugada do dia 29 de dezembro, o cantor de pagode Adalto Mello, de 39 anos, foi morto após ser atropelado em uma avenida na cidade de São Vicente, no litoral paulista. O músico deixou um filho de 10 anos;
- Conforme imagens, enquanto o músico pilotava uma motocicleta na avenida Tupiniquins, o carro de Thiago Arruda Campos Rosas, bancário de 32 anos, surge em alta velocidade, ultrapassa um automóvel e atinge a moto do cantor;
- A vítima foi arremessada pelo impacto e morreu no local;
- Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o denunciado estava embriagado e em alta velocidade quando subiu na calçada para ultrapassar outro veículo;
- Horas antes do acidente, o bancário postou vídeo em uma festa com bebida alcoólica e testou positivo no bafômetro;
- O motorista foi preso por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo automotor na Delegacia de São Vicente, onde o crime foi registrado;
- Após trabalhos da investigação, a natureza foi alterada para homicídio doloso com dolo eventual (quando se assume o risco de matar, mesmo sem ter esse objetivo).
Hoje (17/1), o MPSP busca condenação e indenização em favor dos familiares da vítima. O próximo passo é o recebimento da denúncia e a determinação de citação do acusado, para apresentar resposta à acusação. Somente depois será designada audiência.