A coluna apurou que o policial rodoviário federal Anderson Okasaki será alvo de investigação pela Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) após publicar um vídeo, uniformizado, comentando a morte de três colegas em um acidente durante uma perseguição na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, nessa sexta-feira (18/4).
Okasaki, que trabalha na mesma corporação dos agentes mortos, gravou um vídeo em tom de desabafo nas redes sociais, refletindo sobre os riscos da profissão e a falta de reconhecimento ao trabalho policial.
No entanto, segundo a Coordenação-Geral de Comunicação da PRF, o conteúdo é uma manifestação individual e não representa o posicionamento institucional da corporação. A publicação não foi autorizada oficialmente.
A denúncia foi encaminhada à corregedoria, que abriu uma Investigação Preliminar Sumária (IPS). Caso sejam reunidos elementos suficientes, o caso poderá evoluir para um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
A conduta investigada infringe normas internas que proíbem posicionamentos pessoais com uso da farda, pois podem dar a entender que se trata de um discurso institucional.
“Vale a pena?”
No vídeo, Okasaki questiona se “vale a pena” lutar por uma sociedade que, segundo ele, não valoriza o trabalho da polícia. “Nos chamam de inimigos do trabalhador”, afirmou.
Ele ainda defendeu a atuação dos colegas na perseguição, alegando que, embora não fossem obrigados a agir, escolheram intervir para proteger a população.
Saiba quem são os agentes da PRF que morreram em serviço
• Diego Abreu de Figueiredo, 47 anos, na PRF desde janeiro de 2022, lotado na 6ª Delegacia do Rio. Deixa esposa e um filho.
• Carlos Eduardo Mariath Macedo, 41 anos, ingressou em 2017, atuava em Duque de Caxias. Deixa esposa e dois filhos.
• Rodrigo Pizetta Fraga, 47 anos, estava na PRF desde 2012, também lotado em Duque de Caxias. Deixa esposa e uma filha.