PGR denuncia Léo Índio por tentativa de golpe de Estado

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta quarta-feira (22/1) Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros crimes.

Léo Índio é acusado de:

  • Associação criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima; e
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Léo Índio é um dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que participaram da depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ele registrou em suas redes sociais os atos de destruição, em tempo real.

Quem é Léo Índio

Leonardo Rodrigues de Jesus é um influenciador, aspirante a político, integrante da família Bolsonaro e golpista que esteve presente no 8 de Janeiro. Léo Índio, que se identifica como sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) na Operação Lesa Pátria.

Em 2024, ele se canditadou a vereador em Cascavel (PR), mas não foi eleito. Obteve 739 votos e será suplente. O influenciador digital usou o nome de urna “Léo Bolsonaro”.

Em 2023, também tentou se eleger deputado distrital em outubro, mas teve apenas 1.801 votos e não conseguiu um assento na Câmara Legislativa do DF.

Léo Índio é sobrinho da primeira esposa e mãe dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Rogéria Nantes Braga. É também uma das pessoas mais próximas ao vereador Carlos Bolsonaro. Índio trabalhava na liderança do Partido Liberal (PL) no Senado Federal, mas foi exonerado em julho após ficar meses sem comparecer presencialmente.

Léo Índio na 19ª fase do Lesa Pátria

Léo Índio foi alvo da 19ª fase da Operação Lesa Pátria deflagrada pela Polícia Federal (PF) em outubro de 2023.

Em nota enviada ao Metrópoles, à época da operação, a defesa de Leo Índio informou que “no início do inquérito, já houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi encontrado. Não é novidade alguma. O nome dele foi incluído no inquérito que apura os atos infracionais do dia 08/01, e até o presente momento, inobstante o pedido da defesa de acesso ao STF aos termos do inquérito, ainda não foi autorizado”.