
A Polícia Federal finalizou a investigação sobre o atentado à bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido há cinco meses, e determinou que o autor do ataque agiu sozinho. O atentado, que aconteceu na noite de 13 de novembro do ano passado, foi executado por Francisco Vanderlei Luiz, um chaveiro que lançou fogos de artifício em direção ao prédio do STF e à Estátua da Justiça, antes de tirar a própria vida. Imagens do circuito de segurança capturaram toda a ação, que incluiu também a explosão de bombas caseiras em um carro no anexo da Câmara dos Deputados.
Durante a investigação, a Polícia Federal analisou dados de comunicação, bancários e fiscais do autor, além de realizar perícias em diversos locais, como a residência de Francisco em Santa Catarina e o imóvel alugado por ele no Distrito Federal. A reconstituição cronológica do atentado foi feita, e mais de uma dezena de testemunhas foram ouvidas. O relatório final, entregue ao STF, concluiu que Francisco agiu sem auxílio financeiro de terceiros e que o crime foi motivado por extremismo político. Na época, ministros do STF afirmaram que o ataque não foi um evento isolado, mas sim resultado de anos de discursos de ódio contra instituições democráticas.

Em resposta ao atentado, a segurança nos perímetros das sedes dos três poderes, sob responsabilidade do governo do Distrito Federal, foi reforçada. O STF voltou a ser cercado por grades, estrutura que havia sido removida recentemente após os ataques de 8 de janeiro. Além disso, o governo federal liberou R$ 27,5 milhões em crédito extraordinário ao STF para a compra de equipamentos de segurança e contratação de mais policiais judiciais, atendendo a um pedido do tribunal após o ataque.