São Paulo — Um laudo pericial concluído pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (STPC), na tarde desta quarta-feira (26/2), detectou a presença do DNA de dois policiais militares (PMs) no veículo e nas roupas utilizados no dia da execução de Vinícius Gritzbach, no aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o documento foi encaminhado para as autoridades do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Corregedoria da Polícia Militar.
Ainda de acordo com a pasta, os PMs já estão presos e a investigação prossegue para prender os suspeitos que seguem foragidos.
Denúncia do MPSP
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 12 pessoas — entre policiais civis, empresários e um advogado — por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa e outros crimes.
A denúncia foi feita a partir das investigações do assassinato de Gritzbach, no dia 8 de novembro do ano passado.
A vítima era considerada o delator do PCC e foi assassinada a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O MPSP também pede que os acusados paguem ao menos R$ 40 milhões em razão do “dano causado pelos crimes cometidos, bem como ao ressarcimento por dano moral coletivo e dano social”.
Veja os denunciados:
- Ademir Pereira de Andrade: empresário suspeito de ser operador financeiro do PCC, foi denunciado por organização criminosa e extorsão;
- Ahmed Hassan Saleh: conhecido como Mude, o advogado foi denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas;
- Eduardo Lopes Monteiro: investigador da Polícia Civil, foi denunciado por organização criminosa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro;
- Fabio Baena Martin: delegado da Polícia Civil, foi denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Marcelo Marques de Souza: conhecido como Bombom, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro; - Marcelo Roberto Ruggieri: conhecido como Xará, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Robinson Granger de Moura: conhecido como Molly, o empresário foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
Rogerio de Almeida Felicio: conhecido como Rogerinho, o policial civil foi denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro; - Alberto Pereira Matheus Junior: delegado da Polícia Civil, foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva;
- Danielle Bezerra dos Santos: esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC, foi denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Valdenir Paulo de Almeida: conhecido como Xixo, o policial civil foi denunciado por organização criminosa e corrupção passiva;
- Valmir Pinheiro: conhecido como Bolsonaro, o policial civil foi denunciado por organização criminosa.
De todos os denunciados, apenas o delegado Alberto Pereira e Danielle Bezerra não estão presos. O MPSP pediu a prisão preventiva de ambos na denúncia.