O ex-presidente Jair Bolsonaro tem usado um argumento central para defender a esposa, Michelle Bolsonaro, da acusação feita pelo tenente coronel Mauro Cid em seu acordo de delação premiada.
À Polícia Federal, Cid afirmou que a ex-primeira-dama integrava a ala mais radical do entorno de Bolsonaro que defendia um golpe após a derrota do ex-presidente para Lula nas eleições de 2022.
O ex-presidente, no entanto, tem dito em conversa reservadas que Cid não teria como saber as posições de Michelle, pois os dois não mantinham relações. Segundo Bolsonaro, eles sequer se falavam.
Além de Michelle, Cid afirmou à PF que integravam essa ala mais radical o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), os ex-ministros Onyx Lorenzoni e Gilson Machado e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES).
A acusação de Cid consta em um dos primeiros depoimentos prestados pelo militar à PF. A íntegra do documento foi divulgado pelo colunista Elio Gaspari no domingo (26/1) e confirmado pelo Metrópoles.