
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na última quinta-feira (28) a decisão de manter o nível de alerta máximo para a epidemia de Mpox, classificando-a como uma emergência de saúde pública. Esta decisão foi tomada após a segunda reavaliação do status de emergência internacional, que foi inicialmente estabelecido em agosto do ano passado.
A OMS justificou a manutenção do alerta devido ao aumento contínuo de casos e à disseminação geográfica do surto. A situação é ainda mais preocupante devido à violência política na República Democrática do Congo, onde mais da metade dos casos globais estão concentrados, dificultando o combate à doença.
Desde o início de 2024, a OMS registrou 21.000 casos confirmados de Mpox, com 70 mortes, a maioria na República Democrática do Congo. Além disso, há 50.000 casos suspeitos e 1.000 mortes não confirmadas por testes laboratoriais. A falta de financiamento também é um obstáculo significativo para o controle da epidemia.
A situação é alarmante, pois a doença foi identificada pela primeira vez em outros países africanos, como Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda, Zâmbia e Zimbábue, aumentando a preocupação da OMS sobre a possível expansão do surto.

A violência e a instabilidade política na República Democrática do Congo são fatores críticos que impedem o combate eficaz à Mpox. A OMS destaca a necessidade urgente de financiamento e apoio internacional para enfrentar a crise.
*Com informações de Beatriz Manfredini
*Reportagem produzida com auxílio de IA