Citados por Mauro Cid em delação premiada, Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro vão manter as agendas voltadas para suas respectivas candidaturas em 2026. Ambos acreditam que o depoimento do militar dá munição para ataques de opositores, mas sem potencial de causar implicações nas esferas criminal e eleitoral, uma vez que não haveria provas.
No depoimento à Polícia Federal, Mauro Cid afirmou que tanto Michelle quanto Eduardo integraram a ala que tentou convencer o então presidente Jair Bolsonaro a concretizar um golpe de Estado após a eleição de 2022. A ex-primeira-dama ironizou o conteúdo da delação. Em uma rede social, publicou um emoji no qual o avatar dela aparece chorando até encher xícaras.
Michelle e Eduardo já buscam viabilizar alianças eleitorais para 2026. O plano da ex-primeira-dama é se candidatar ao Senado pelo Distrito Federal. Já o deputado estuda se será candidato ao Senado por São Paulo ou à Presidência. Nesse segundo cenário, ele substituiria o pai, condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A eleição ao Senado é vista como estratégica por Bolsonaro, pois cabe à Casa deliberar sobre o impeachment de ministros do STF.