A 1ª Vara de Auditoria Militar de Salvador condenou o capitão da Polícia Militar da Bahia Fabrício Carlos Santiago dos Santos por corrupção passiva, no dia 22 de maio de 2025. Ele cobrou propina de R$ 550 para liberar uma motocicleta apreendida.
O PM utilizava o código “Toddy” para se referir ao pagamento indevido. Santos solicitou R$ 550 de um vendedor de geladinho da praia de Trancoso, distrito de Porto Seguro. Mensagens obtidas durante a investigação revelam como o policial agia.
“Em 01/01/2024, iniciam-se tratativas no contexto de intercessão do acusado para liberação de veículo irregular apreendido em Trancoso, distrito de Porto Seguro, mediante promessa de vantagem financeira. Tal promessa, de início velada, revela-se explícita já no dia 03/01/2024, quando o réu envia a chave Pix para recebimento da quantia combinada e passa a realizar insistentes cobranças da vantagem pactuada”, afirmou o juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira.
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Após liberação da motocicleta do vendedor e o não pagamento pela vantagem indevida, o policial ameaçou tomar o veículo caso o Pix não fosse feito.
O capitão foi condenado a seis anos, dois meses e oito dias de reclusão. O juiz também determinou a perda do cargo público e da patente.
Santos foi preso em julho de 2024 e exonerado do comando da 4ª Companhia de Polícia Militar de Santa Cruz Cabrália. Ele é apontado como o líder de uma organização criminosa que cobrava propina e vazava informações sobre operações policiais.