O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto afirmou que acionou o Consulado de Portugal no Recife para renovar o passaporte do pai, e não auxiliar o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid a obter um visto europeu. O ex-titular da pasta foi preso nesta sexta-feira (13/6), sob suspeita de tentar um visto para o ex-colega do governo Jair Bolsonaro fugir do Brasil.
“Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai, um senhor de 85 anos”, afirmou Gilson Machado após a prisão.
O ex-ministro do Turismo fez exame de corpo de delito e será encaminhado ao Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel). A unidade prisional fica em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
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Gilson Machado solicitou que a Polícia Federal verifique ligações feitas ao consulado português, e também áudios enviados aos funcionários. “Eu nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada — nem de Portugal, nem de qualquer outro país — seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso. A justiça divina tarda, mas não falha.”, completou.
A operação que deteve o ex-ministro na Superintendência da Polícia Federal no Recife foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mauro Cid é réu e delator no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, que corre na Corte sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Os agentes ainda apreenderam celulares e outros dispositivos eletrônicos com Machado. A operação também incluiu a quebra dos sigilos telemático e telefônico de Machado, referente ao período de janeiro a junho de 2025.