Fechada após temporal de 6ª, Linha 1-Azul do metrô volta a funcionar

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São Paulo — A Linha 1-Azul do Metrô voltou a funcionar normalmente em toda sua extensão, de Jabaquara a Tucuruvi, desde as 4h40 desta segunda-feira (27/1). Na última sexta-feira (24/1), após o temporal que atingiu a cidade de São Paulo, a circulação dos trens entre as estações Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi foi interrompida em razão de alagamentos que deixaram os trilhos e plataformas submersos em água lamacenta.

A operação nessas três estações foi totalmente restabelecida às 23h desse domingo (26/1), após o trabalho ininterrupto de uma força-tarefa que envolveu cerca de 200 pessoas desde a noite de sexta.

As áreas internas e de fluxo da estação Jardim São Paulo foram limpas, sistemas eletroeletrônicos foram restabelecidos e a água que invadiu a via dos trens foi totalmente drenada. Nessa mesma estação, na sexta, vídeos circularam nas redes sociais com passageiros ilhados se protegendo sentados em cima de corrimões.

Veja:

O Metrô também informou que um muro do acesso à estação que sucumbiu com a força da água foi isolado e reforçado estruturalmente.

A via por onde circulam os trens foi lavada, com os sistemas elétricos e de sinalização e controle aferidos para o cumprimento de todas as garantias da operação em segurança.

“O Metrô também acionou as equipes terceirizadas de manutenção especializada de elevadores para o ajuste e troca de peças do equipamento de acesso à plataforma, que está indisponível pelos danos provocados pela água”, finaliza a nota.

Temporal

A cidade foi castigada por alagamentos, desabamentos, desespero e falta de energia na sexta. Na Vila Madalena, foi registrada a única morte contabilizada pela Defesa Civil que foi provocada pela tempestade na cidade. O artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, 73 anos, ficou preso em casa e morreu afogado durante o temporal na Rua Belmiro Braga, perto do Beco do Batman. O corpo dele foi encontrado somente no sábado, nos fundos da casa onde vivia.

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Rastro de destruição após tempestade em São Paulo

Destruição provocada pela chuva na região de Pinheiros, na zona oeste de SP
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Bruna Sales/Metrópoles

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Ainda no bairro, a cena mais impactante foi registrada na Rua Romeu Perrotti, onde a enxurrada provocada pela chuva derrubou o muro de um prédio, arrastou carros e atingiu pelo menos dez casas.

Com a força da água, um dos carros quebrou o portão da garagem e invadiu a janela de uma casa. A sequência dos acontecimentos foi registrada por uma câmera de segurança (assista abaixo).

Esse foi o terceiro maior volume de chuva dos últimos 64 anos, segundo dados da estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Mirante de Santana, na zona norte da capital. Ou seja, o temporal é o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1961.

A Defesa Civil do Estado ainda ressalta que, dos 125,4 mm registrados nessa sexta, o acumulado de 82 mm entre 15h e 16h foi o maior volume computado em apenas 1 hora desde 25 de julho de 2006.

Para estabelecer ainda mais um recorde, num intervalo de três horas, choveu quase metade do previsto para todo o mês de janeiro. Dos 257,3 mm de chuva esperados para o mês, 125 mm (48,5%) foram registrados nessa sexta.

Segundo os bombeiros, foram 126 chamados de árvores caídas, 219 referentes a enchentes, inundações e alagamentos, outros 14 chamados sobre desmoronamentos, desabamentos e soterramentos.