Expert aponta riscos ao usar prendedores de cabelo dentro do carro

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Nas redes sociais, diversas internautas participaram de uma trend avisando sobre o perigo de acessórios de cabelo, como presilhas e piranhas, durante a condução de um veículo. Para entender, a coluna entrou em contato com um especialista, que alertou sobre os reais riscos.

Vem conferir!

A imagem mostra uma mulher usando uma presilha rosa prendendo seu cabelo loiro
As presilhas ou piranhas são acessórios de cabelo

Além de práticas para situações do cotidiano, as presilhas são acessórios estilosos que, muitas vezes, são incluídas nos looks de forma despretensiosa. Acontece que, em casos de acidentes de trânsito, a peça pode ser um agravante nas lesões em decorrência do impacto entre a peça e o banco do motorista.

Dependendo da colisão, as famosas piranhas podem entrar no couro cabeludo, sendo pressionadas contra o encosto dos carros. A nuca também é uma região perigosa para o acessório pelo contato direto com a coluna cervical, podendo, em casos de acidentes graves, afetar os movimentos do corpo de quem usa a peça.

A imagem mostra três presilhas em cima de uma mesa com um fundo laranja
A peça consiste em dois “garfos” com dentes intercalados presos por uma mola

Especialista aborda riscos de usar presilhas na direção

À coluna, o neurocirurgião Guilherme Rossoni afirmou que, nessas ocasiões, as presilhas podem influenciar na gravidade dos acidentes.

“Quando ocorre um acidente de trânsito e colisões, especialmente aquelas em que há impacto na região posterior da cabeça contra o encosto do banco, as presilhas mais rígidas podem agir como verdadeiros objetos perfurantes, causando lacerações no couro cabeludo, fraturas cranianas e, em casos mais graves, até penetração intracraniana, dependendo da força do impacto e do tipo de material do acessório”, explica o neurocirugião.

Não apenas os modelos mais rígidos como também os feitos de plástico podem ser arriscados. Se quebrados, cada parte do material pode formar pontas com potencial para ferir o crânio e outras regiões próximas à cabeça.

“O risco maior está nos acessórios feitos de materiais mais rígidos, como metal ou plásticos mais duros… Mesmo presilhas de plástico mais frágeis podem se quebrar com o impacto e gerar fragmentos cortantes, o que também representa perigo em situações de acidente”, confirma Rossoni.

A imagem mostra diversas presilhas dispostas sob um mesa
Modelos em plástico também são riscos em potencial

Como prevenção, as internautas que fizeram vídeos sobre o assunto apontam o uso de elásticos ou scrunches como a solução, o que vai ao encontro da recomendação do profissional. Para essa ocasiões, Rossoni especificou que são preferíveis “elásticos simples ou tecidos mais flexíveis que não representem risco de lesão em caso de impacto”.

“São cuidados que, muitas vezes, nem prestamos atenção nos detalhes, porém, podem fazer grande diferença na gravidade de um eventual acidente”, salienta o médico.

A imagem mostra diversas xuxinhas scrunches dispostas sob uma mesa e dentro de um caixa
Elásticos de cabelo são uma indicação para substituir o acessório

Em resumo, a trend trabalha o ponto de segurança ao volante com informações eficazes e que realmente podem salvar possíveis vítimas de complicações em casos de acidentes. Conclusão? Deixe suas presilhas no porta-luvas e opte por elásticos como forma de evitar maiores complicações.

Confira um resumo sobre as recomendações:

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Modelos de plástico também são um perigo em potêncial

Hashi e bico de pato também podem oferecer riscos
Substitua por modelos de elásticos
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Presilhas podem ferir em caso de acidentes

craig fordham/Getty Images//Arte/Metrópoles

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Modelos de plástico também são um perigo em potêncial

Amir Mukhtar/Getty Images//Arte/Metrópoles

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Hashi e bico de pato também podem oferecer riscos

W101/Getty Images//Arte/Metrópoles

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Substitua por modelos de elásticos

Elena Popova/Getty Images//Arte/Metrópoles