Conhecida como o macronutriente favorito de quem malha ou quem busca por um estilo de vida saudável, a proteína é essencial para o funcionamento do organismo. No entanto, um novo relatório de um comitê consultivo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) afirmou que é importante se atentar à fonte desse alimento, uma vez que algumas são bem mais benéficas que outras.
Em entrevista à CNN americana, um membro do comitê consultivo e professor pesquisador de medicina no Stanford Prevention Research Center, Christopher Gardner, defendeu que feijões e leguminosas são a fonte mais saudável de proteína disponíveis atualmente.
No relatório, o comitê sugere que as pessoas aumentem o consumo de feijão para pelo menos 2,5 xícaras por semana (a orientação atual é de 1,5 xícaras por semana).
“O que estamos recomendando é que a seção de proteína do MyPlate, o guia alimentar do governo americano sobre como ter uma dieta saudável, comece com feijões, ervilhas e lentilhas. Aconselhamos que a carne, incluindo a carne magra, seja movida para o final da lista de proteínas”, salientou Gardner. “Isso tem a ver com fibras; não há fibras na carne”.
De acordo com a nutricionista especialista em obesidade e emagrecimento pela UNIFESP Isabelle Zanoni, o consumo das leguminosas está diminuindo principalmente “pela necessidade de manipulação e pré-preparo para o cozimento”.
“É uma pena porque, além de deliciosas, elas são muito nutritivas e benéficas para a maioria das pessoas em qualquer condição clínica, o que não acontece com a carne, por exemplo”, pondera.
Isabelle Zanoni ressalta que a combinação de fibras, minerais – como potássio, magnésio e ferro –, vitaminas e antioxidantes das leguminosas oferecem um equilíbrio alimentar maior do que o da proteína animal. “As fibras têm uma importância ímpar na prevenção de diversas doenças intestinais e cardiovasculares”, destaca a especialista.
Qual feijão tem mais proteínas?
Segundo a nutricionista, o feijão frade (ou feijão de corda) é o mais proteico. “O Brasil é rico em variedade de grãos, quem puder variar o tipo de grãos e preparações é ótimo”.
Além disso, os feijões têm carboidratos de lenta absorção, o que ajuda no controle glicêmico.
“É rico em vitaminas do complexo B, que auxiliam o metabolismo como um todo e, principalmente, em ácido fólico, sendo indispensável não só para gestantes, como também para quem pensa em uma longevidade ativa”, afirma Isabelle Zanoni.
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