Moradores de várias partes do Brasil estão enfrentando as consequências devastadoras das intensas chuvas que têm atingido o país. Em Minas Gerais, o governo estadual emitiu um alerta para a possibilidade de novos temporais e orientou a população a evacuar áreas de risco. Imagens aéreas capturaram a destruição em Ipatinga e cidades vizinhas, onde deslizamentos de terra arrasaram casas inteiras. Após um fim de semana caótico, a segunda-feira foi dedicada a intensos trabalhos de limpeza, com tratores e caminhões removendo lama e destroços das ruas. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, visitou a cidade para acompanhar o atendimento aos desalojados e desabrigados, além de inspecionar as áreas de risco. Pelo menos 11 pessoas perderam a vida, incluindo cinco membros de uma mesma família. Zema lamentou as mortes e pediu cautela à população, destacando a previsão de mais chuvas nos próximos dias.
O governador atribuiu a tragédia ao déficit habitacional, que força famílias a viverem em áreas ameaçadas. Ele ressaltou que o governo estadual tem alertado sobre os riscos de morar próximo a encostas e rios, mas reconheceu que os programas habitacionais federais, estaduais e municipais não têm sido suficientes para realocar essas famílias. Em entrevista, o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, informou que a prefeitura montou dois abrigos para os desalojados e prometeu pagar um salário mínimo às famílias que perderam suas casas. Nunes destacou que o objetivo inicial foi resgatar pessoas em risco e orientar aquelas com residências comprometidas a deixarem o local. Os abrigos foram instalados na Escola Municipal Chirlene e no estádio de futebol Ipatingão, em bairros fortemente atingidos.
As chuvas também estão causando estragos na Bahia, onde pelo menos quatro municípios decretaram situação de emergência, com mais de 60 cidades afetadas e cerca de 3.700 pessoas impactadas. Em São Paulo, a situação em Peruíbe melhorou após as fortes chuvas que castigaram o litoral paulista. O município não registra mais ruas alagadas ou desabrigados, mas os trabalhos de limpeza e cadastramento das famílias afetadas continuam. A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Rezende, está vistoriando as áreas mais atingidas em Peruíbe para identificar os melhores locais para a utilização de máquinas que melhorem o sistema de drenagem.
Com informações de Alvaro Nocera
*Reportagem produzida com auxílio de IA