Autor dos disparos que mataram Gritzbach tem comparsa na PM, diz SSP

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São Paulo O policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, apontado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo como atirador dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach, teria um comparsa no dia do crime — um segundo PM que não fazia parte da escolta do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pela SSP durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (16/1).

Quem é o suposto comparsa do atirador 

  • Segundo o corregedor da PM de São Paulo, coronel Fábio Sérgio do Amaral, o segundo suspeito foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira.
  • “Esse comparsa também está identificado e foi alvo de um mandado de busca e apreensão na data de hoje, mas nós não temos nenhum elemento contra ele. Dentro da investigação, nós vamos buscar elementos para ver se há a participação desse outro indivíduo, desse outro policial militar”, disse o corregedor.
  • O susposto atirador, Dênis Antonio Martins, foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira em razão de um outro crime, antecendente à morte de Gritzbach — o crime previsto no código penal de organização de militares para a prática de violência.
  • De acordo com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o suspeito deverá ter seu material genético coletado para confirmação do envolvimento no homicídio.
  • “Com a prisão temporária do indivíduo apontado como atirador, vão coletar o material genético dele para ser comparado com o material coletado no dia do crime. Tudo nos leva a crer porque será positivo, e a prisão temporária será convertida em prisão preventiva”, explicou o Derrite.

O operação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo desta quinta-feira prendeu, ao todo 15 PMs. Além do suposto atirador, estão outros 14 policiais que faziam a escolta privada de Vinícius Gritzbach, morto em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O que se sabe

  • Quinze investigados na operação foram presos na manhã desta quinta-feira, incluindo o policial militar suspeito de executar Gritzbach a mando do PCC;
  • Foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão em endereços na capital e na Grande São Paulo;
  • Apurou-se que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. As investigações apontaram que tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa, conforme previsto na Lei Federal nº 12.850/13;
  • Além dos policiais que faziam a escolta de Gritzbach, um PM que seria o atirador no dia do crime foi alvo da operação;
  • A Operação Prodotes teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
  • A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria, evoluiu para um Inquérito Policial Militar instaurado em outubro de 2024. Apurou-se que informações estratégicas vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição, permitiam que membros da organização criminosa evitassem prisões e prejuízos financeiros;
  • Entre os principais beneficiados pelo esquema, estavam líderes e integrantes da facção criminosa PCC, alguns já falecidos, outros procurados, como Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, apelidado de “Cebola”;
  • A operação conta com a colaboração da força-tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime;
  • “A Polícia Militar reitera seu compromisso com a ética e a legalidade, combatendo com rigor qualquer desvio de conduta que comprometa a confiança da sociedade”, diz nota enviada ao Metrópoles.

Caso Gritzbach

Vinícius Gritzbach, de 38 anos, foi executado no dia 8 de novembro de 2024, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil.

Ele era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.

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Gritzbach chegou a ser preso, mas foi solto em 7 de junho

Segundo o MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach
Gritzbach e a namorada
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ
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Rival do PCC, empresário Vinícius Gritzbach foi morto em atentado no aeroporto de Guarulhos

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Gritzbach chegou a ser preso, mas foi solto em 7 de junho

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Segundo o MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach

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Gritzbach e a namorada

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

Divulgação

Em uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções.

PMs presos em operação

O tenente Giovanni de Oliveira Garcia, apontado como o responsável por escalar policiais militares para fazer a segurança particular de Vinícius Gritzbach, e mais treze PMs que faziam a escolta do delator do PCC integram a lista dos presos na operação da Corregedoria da Polícia Militar.

Veja a lista dos 15 PMs presos:

  • Erick Brian Galioni
  • Jefferson Silva Marques De Souza
  • Leandro Ortiz
  • Dênis Antonio Martins
  • Giovanni de Oliveira Garcia
  • Talles Rodrigues Ribeiro
  • Alef De Oliveira Moura
  • Julio Cesar Scallet Bardini
  • Abraão Pereira Santana
  • Samuel Tillvitz Da Luz
  • Leonardo Cherry Souza
  • Adolfo Oliveira Chagas
  • Wagner de Lima Compri Eicardi
  • Romarks Cesar Ferreira Lima
  • Thiago Maschion Angecim Da Silva

Dênis Antonio Martins é suspeito de ser o atirador que matou Gritzbach. Ele não fazia parte da escolta do delator do PCC.