Preocupado com o impacto da crise do Pix, o governo Lula corre contra o tempo para colocar no ar uma campanha institucional que vai rebater fake news sobre o tema. A ideia é que o conteúdo seja divulgado na TV, rádio e nas redes sociais até o sábado (24/1).
Segundo apurou a coluna com fontes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, as peças da campanha devem trazer as mensagens de que o Pix é um “patrimônio nacional” desde 2020 e que é um instrumento “seguro, sigiloso e sem taxa”.
Ainda de acordo com essas fontes, as peças da campanha encomendada pelo Palácio do Planalto devem passar a mensagem de que “tentaram te enganar” ao falar sobre sobre uma possível taxação do Pix, o que o governo federal sempre negou.
A Secom encomendou a campanha institucional para tentar remediar a crise que abateu o governo Lula no início de janeiro de 2025, após vir à tona uma portaria da Receita Federal com mudanças nas regras de fiscalização das transações via Pix.
A portaria foi editada em setembro de 2024, mas só provocou polêmica no início de janeiro. Diante do desgaste, o governo decidiu revogar a medida. Um dos motivos para o recuo foi a dificuldade do próprio Executivo em explicar a portaria da Receita.
Agência escolhida
Conforme antecipou a coluna na terça-feira (22/1), a Calia venceu a concorrência com outras três agências de publicidade para realizar uma campanha institucional sobre o Pix. O orçamento previsto para a campanha é de cerca de R$ 50 milhões.
Antes da portaria do Pix ser revogada, o governo chegou a contatar artistas como a atriz Regina Casé e o ex-BBB e economista Gil do Vigor para serem “os rostos” da campanha. A ideia, no entanto, não avançou.