“A máquina pública engorda, enquanto o cidadão emagrece”, diz Motta

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou neste sábado (7/6) medidas que possam aumentar a carga tributária. Motta, que participa de evento com empresários no Guarujá, no litoral paulista, afirmou que o modelo tributário do país privilegia gastos públicos, que não refletem em ganhos para os cidadãos.

“Estamos presos a um modelo de estado que gasta muito e entrega pouco”, disse Motta. “A máquina pública engorda, enquanto o cidadão emagrece. Isso não é justo”, acrescentou.

É a primeira vez que Motta comenta publicamente o assunto desde que o governo federal anunciou que iria aumentar o IOF, mas recuou após a repercussão negativa da medida. Segundo Motta, o país vive “um modelo fiscal que transfere os problemas para o futuro”. Ele disse, ainda, que o momento é uma “encruzilhada” para o futuro do Brasil.

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“Nos últimos dias, nós tivemos oportunidade de realmente entrar nessa agenda e isso foi, penso eu, fortalecido, empurrado, diante dessa última decisão do governo de mais uma vez anunciar aumento de impostos”, afirmou.

Motta ainda criticou o adiamento de medidas rigorosas de controle de gastos e disse que não será “terceirizando de um para o outro que nós vamos conseguir avançar”. Mota avaliou que o Brasil é “um país que insiste em empurrar a conta adiante, esperando que ela se resolva por mágica ou por discurso”.

Encontro com Lula

Na terça-feira (3/6), Motta se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Senado, David Alcolumbre (União Brasil-AP), além da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Eles discutiram medidas de revisão ao aumento do IOF.

O plano de revisão voltará a ser debatido no início da noite deste domingo (8/6), em uma reunião com os líderes do Congresso, organizada por Alcolumbre. Após o encontro, há expectativa para um anúncio.