
Quatro seguranças que trabalharam no dia do evento de motos no autódromo de Interlagos em São Paulo (SP), prestaram depoimento à Polícia Civil durante cerca de quatro horas, conforme apurou o jornalista da Jovem Pan News Misael Mainetti. Após darem detalhes para os investigadores, os seguranças saíram sem conversar com a imprensa e seguiram direto para o estacionamento. O quarteto cumpriu expediente no dia em que Adalberto Amarílio dos Santos Júnior, de 37 anos, foi ao evento de motos numa sexta-feira, no dia 30 de maio. Ele foi encontrado morto em um buraco de obras do local quatro dias depois.
Nesta terça-feira (10), a Polícia Civil voltou ao autódromo. De acordo com Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), as autoridades fizeram um mapa do local onde o empresário circulou quando sumiu após o evento de motos. À esquerda do mapa, as linhas em azul escuro mostram por onde o empresário circulou dentro do autódromo. As linhas em azul mais claro indicam por onde ele teria passado no lado de fora do evento.
Na segunda-feira, a advogada Claudia Bernasconi, que representa a empresa responsável pelo evento também prestou depoimento à Polícia Civil e se limitou em dizer que todos os esclarecimentos foram prestados. Dias atrás, a perícia concluiu que existem marcas de sangue dentro do carro do empresário. De acordo com a polícia, a quantidade de sangue é considerável. O veículo permanecia no estacionamento do evento. O caso intriga a polícia já que o corpo estava sem sinal de violência e sem marcas de sangue. Júnior como era conhecido estava sem as calças e tênis, mas de jaqueta e com celular sem bateria e documentos nos bolsos, além do capacete na cabeça.
A polícia se afasta cada vez mais da hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, uma vez que não houve nenhuma movimentação na conta bancária dele. Em depoimento, a esposa de Júnior mencionou que o empresário tinha a quantia de R$ 1 milhão na conta, além de três óticas registradas em seu nome. Em depoimento, o amigo que foi ao evento com ele, mas foi embora mais tarde, disse que o empresário consumiu maconha, oito copos de cerveja e que ficou agitado.
O exame preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi compressão torácica e que Junior pode ter morrido por asfixia. Justamente por isso, seguranças foram ouvidos para saber se numa possível confusão, o empresário poderia ter recebido algum golpe como ‘mata leão’ que causa asfixia. O laudo conclusivo sobre a causa da morte, como trouxe a Coluna, seria divulgado ontem, mas a Polícia Científica ainda não entregou o documento.