A cantora e compositora Cristina Buarque morreu neste domingo (20/4). A informação foi confirmada pelo filho da artista, Zeca Ferreira, nas redes sociais.
Irmã de Chico Buarque e filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da intelectual e pianista Maria Amélia Buarque de Hollanda, ela gravou, em 1974, a canção Quantas Lágrimas, no álbum Cristina, que a tornou nacionalmente conhecida.
Cristina não gostava dos holofotes, mas era chamada pela turma do samba de “Chefia” e considerada uma enciclopédia do gênero musical.
“Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico? Mas foi isso a vida inteirinha dessa mulher que tivemos, nós 5, a sorte grande de ter como mãe. Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra”, começou o filho no post de despedida.
“‘Bom mesmo é o coro’, ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto. É imagem bonita e nítida mas desfoca as outras belezas que se perderiam na sombra não fossem essas pessoas imunes ao imediato. Ser humano mais íntegro que eu já conheci. Farol, chefia, braba, a dona da porra toda. Vai em paz, mãe”, completou.
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