Chanceler entra na mira da Câmara após mudanças na cidadania italiana

Autor(a):

A recente decisão do governo da Itália de restringir o acesso à cidadania para estrangeiros irritou um deputado bolsonarista, que decidiu cobrar providências do Itamaraty de Lula.

Na quarta-feira (16/4), o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) protocolou um requerimento pedindo a convocação do chanceler Mauro Vieira no plenário da Câmara para tratar do assunto.

3 imagens

O chanceler Mauro Vieira

O chanceler Mauro Vieira
1 de 3

O chanceler Mauro Vieira

Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto

2 de 3

O chanceler Mauro Vieira

Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto

3 de 3

O chanceler Mauro Vieira

Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto

O parlamentar quer questionar o chanceler sobre o que o governo brasileiro estaria fazendo em relação à decisão do governo italiano, comandado atualmente pela direitista Giorgia Meloni.

“A diplomacia brasileira tem o dever de zelar pelos direitos de sua gente, sobretudo quando estão em risco em razão de medidas que desconsideram legados históricos e vínculos legítimos. Destarte, espera-se do Ministério das Relações Exteriores postura firme e proativa na defesa dos brasileiros afetados por esse decreto discriminatório e inconstitucional, e que apresente a esta Casa Legislativa esclarecimentos acerca das medidas diplomáticas adotadas junto ao governo da Itália”, argumenta Evair Vieira no requerimento.

Novas regras

No final de março, a Itália endureceu as regras para obtenção da cidadania por descendentes de italianos. Pelo novo entendimento, apenas filhos e netos de italianos terão direito a pedir a cidadania.

O objetivo, segundo o governo da Itália, é conter a “comercialização” do passaporte italiano e o aumento de solicitações, vindas principalmente da América do Sul,  para onde milhões de italianos migraram nos séculos 19 e 20.

“A nacionalidade não pode ser um instrumento para poder viajar para Miami com um passaporte europeu”, disse o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, em entrevista coletiva depois que o Conselho de Ministros aprovou a nova legislação.