A denúncia sobre dois integrantes da organização criminosa liderada por Danilo Dias Lima, o “Tandera”, revelou uma tentativa de milicianos se infiltrarem no poder público do Rio de Janeiro.
A Operação Epilogue, que investiga o grupo desde 2020, expôs reuniões entre líderes da organização criminosa e pré-candidatos de municípios fluminenses como Nova Iguaçu, Seropédica, Itaguaí, Queimados ou regiões próximas.
As investigações revelaram que pré-candidatos prometiam concessão de cargos públicos, controle de secretarias municipais e favorecimentos em licitações em troca de apoio da milícia nas campanhas eleitorais.
Até a mais recente atualização desta reportagem, a identidade dos pré-candidatos não havia sido revelada.
Desdobramentos
A intenção da milícia era ampliar o poder político por meio da infiltração no governo municipal, de modo a transformar a administração pública em um braço da organização criminosa.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o agente penitenciário Júlio Cesar Ferreira Aleixo, que se aproveitava da função para favorecer os interesses da milícia no sistema prisional, e Rodolfo dos Santos Vasconcellos, que atuava como articulador político e intermediava a relação dos grupos com agentes públicos.