Já pensou em outra pessoa quando transava com seu parceiro(a)? Apesar de não ser o ideal durante o momento sexual, não é necessariamente errado. O tema gera muita discussão, mas é importante diferenciar fantasia de ação.
A psicóloga Cleidiane Souza aponta que traição pode ser compreendida como a quebra de um acordo, explícito ou implícito, entre os parceiros. “É uma transgressão da confiança que foi estabelecida na relação.”
O interessante é que a definição de traição pode variar muito: para algumas pessoas, é algo físico; para outras, envolve conexões emocionais ou comportamentos on-line, como flertes ou o consumo de certos conteúdos.
Fantasiar, segundo a especialista, é algo natural e faz parte da nossa complexidade emocional e sexual. “Pensar em alguém pode não ser, por si só, uma traição, mas sim um reflexo de desejos, curiosidades ou até mesmo insatisfações”, alerta Cleidiane.
Se acontecer, preciso contar para o parceiro(a)?
Há os que se sentem muito culpados quando percebem sentir desejo sexual por outra pessoa. Chegam, até mesmo, a contar para o parceiro, tentando se livrar do “delito”. No entanto, nem sempre essa é a melhor opção.
“Compartilhar esse tipo de pensamento pode trazer desconforto desnecessário, especialmente se for algo pontual e sem impacto no relacionamento”, sugere a psicóloga.
No entanto, se isso estiver sinalizando algo mais profundo, como insatisfação ou falta de intimidade, a conversa pode ser um caminho para entender e ajustar as expectativas do casal, explica Cleidiane.
O importante em situações como essa, de acordo com a especialista, é estabelecer relação entre o que é aceitável, discutível e inegociável.