Saiba quem são dirigentes de ONG presos por ligação com o PCC

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A ONG Pacto Social Carcerário São Paulo, conhecida pelo trabalho de apoio a presos e egressos do sistema prisional, entrou na mira do Ministério Público de São Paulo nesta terça-feira (14/1). Os dirigentes Geraldo Salles, conhecido como Geraldo “das Liberdades”, e Luciene Neves Ferreira foram presos durante a operação Scream Fake (Grito Falso, em português). O Pacto Social Carcerário ganhou destaque no documentário Grito, da Netflix, que trata da realidade do sistema penitenciário brasileiro.

Geraldo é egresso do sistema prisional e é conhecido por organizar mutirões carcerários para presos sem condições de contratar advogados particulares. Já Luciene Ferreira, milita pela reforma do sistema penitenciário ao lado do marido.

Além do casal, 12 pessoas foram presas preventivamente, incluindo três advogados supostamente vinculados à facção. De acordo com o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o PCC utilizava a ONG para protocolar ações judiciais fraudulentas contra agentes públicos, disseminando denúncias falsas de abuso no sistema carcerário. O objetivo seria manipular a opinião pública e enfraquecer o sistema de justiça criminal.

As investigações ainda apontam que o Pacto Social Carcerário prestava contas diretamente à facção, detalhando suas ações e resultados em favor de seus interesses. Apesar de oficialmente sediada em São Bernardo do Campo (SP), há indícios de que a organização opera apenas como fachada.