Um estudo publicado pela JAMA Network Open indicou que perfumes e produtos perfumados podem prejudicar silenciosamente a saúde. A pesquisa destaca os ftalatos, que são químicos muito comuns em itens como esmaltes, produtos para cabelo e os perfumes em si.
Os ftalatos também são usados em plásticos, embalagens de alimentos ou até mesmo nos próprios alimentos, o que dificulta ainda mais esquivar-se dessa exposição. Essas substâncias têm sido associadas a condições como resistência à insulina, doenças cardiovasculares e até problemas de desenvolvimento em crianças.
Assim como os parabenos, os ftalatos são classificados como produtos químicos desreguladores endócrinos (EDCs), ou seja, podem imitar ou interferir com esses hormônios, levando a sérios efeitos a longo prazo.
Ainda de acordo com as descobertas, níveis urinários mais altos de ftalatos em adolescentes estavam associados a um risco 25% maior de hiperatividade. Além disso, os estudiosos observaram que essas crianças também tinham desempenho pior em disciplinas como matemática.
Conforme o nutricionista e farmacêutico bioquímico Alessandro Palatucci Bello disse anteriormente à coluna Claudia Meireles, materiais tóxicos nos cercam diariamente. Além dos ftalatos, há, ainda, os microplásticos, alumínio, mercúrio, chumbo e arsênio, por exemplo.
Como prosseguir?
Para evitar esse contato, o especialista sugere procurar o logotipo da Anvisa nas embalagens dos produtos, evitar o aquecimento de itens de plástico no micro-ondas e, também, escolher bem o que comer.
Optar por cosméticos sem ftalatos também é uma forma de minimizar a exposição a esses químicos. Eles costumam ser chamados de “produtos limpos”.
No setor da perfumaria, por exemplo, marcas como Chloe, Ralph Lauren, Aésop, Creed e Chopard já lançaram “fragrâncias limpas”.
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